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Promessa de Manga para fiscalizar ferros-velhos ilegais já tem quase cinco meses

Prefeito disse que enviaria Projeto de Lei à Câmara mas, até o momento, proposta de fiscalizar e multar estabelecimentos não chegou ao Legislativo e problemas continuam

Fabiana Blazeck Sorrilha (Portal Porque)

Há cinco meses, em entrevista à imprensa, prefeito disse que fiscalizaria ferros-velhos clandestinos. Foto: Reprodução do Canal Jovem Pan Sorocaba

Em entrevista concedida à rádio Jovem Pan no dia 16 de fevereiro, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) prometeu que iria multar os ferros-velhos que recebem produtos furtados ou roubados em R$ 300 mil e que, para isso, faria um PL (Projeto de Lei) que seria enviado à Câmara de Vereadores. Depois de quase cinco meses, a proposta ainda não chegou ao legislativo e esses tipos de estabelecimentos continuam abertos, sem fiscalização e recebendo produtos de furtos e roubos.

No início do mês, o Portal Porque denunciou que Sorocaba tem cerca de 100 ferros-velhos clandestinos, que recebem fios elétricos, especialmente os de cobre, objetos de metais ou não, ou seja, tudo que pode se transformar em dinheiro é subtraído das residências e comércios e vendidos ou trocados por drogas, 24 horas por dia nesses locais.

>> Leia mais: Sorocaba possui mais de cem ferros-velhos clandestinos que recebem cobre furtado

“Portas abertas, portas fechadas, fundo de quintal, garagens adaptadas para esse tipo de comércio sem nenhum critério de segurança, alvará ou licenças ambientais. Eles são pauta em todas as reuniões de Conseg (Conselho de Segurança) das diversas regiões de Sorocaba”, denunciou em junho ao Porque o grupo de moradores Viva Zona Oeste, ao explicar como os ferros-velhos clandestinos atuam.

Na Jovem Pan, Manga se mostrou bem-informado sobre o problema. Ele citou que um desses locais funcionava de madrugada e, além de comprar produtos furtados e roubados, realizava a venda de utensílios utilizado para o uso de drogas. “Receptação é crime também”, frisou.

O PL que ele não enviou para análise dos vereadores iria propor que o estabelecimento flagrado com produtos de furto e roubo perdesse de forma imediata o alvará de funcionamento e proprietário seria multado em R$ 30 mil, fosse no CNPJ ou no CPF. “Então não vai compensar comprar nada”, afirmou Manga, “nada do que ele comprar produto de furto vai dar lucro de mais de R$ 300 mil.”

Porém, conforme denúncias feitas por moradores do Jardim Zulmira, região onde estão cerca de quarenta dos cem ferros-velhos clandestinos da cidade, nenhuma ação efetiva para multar e fechar esses estabelecimentos foi feita.

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