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Prefeitura retira ponte que dá acesso à escola no bairro Jardim Santa Luiza

Sem o acesso, alunos e responsáveis precisam caminhar o dobro do que antes andavam numa trilha cheia de mato e com solo irregular

Fabiana Blazeck Sorrilha (Portal Porque)

Obra da nova ponte está parada e moradores se arriscam andando pelos troncos que sobraram dela. Fotos: Cortesia do leitor

Há mais de quinze dias, os moradores do Jardim Santa Luiza precisam caminhar cerca de um quilômetro a mais para chegar à Escola Municipal Professor Basílio da Costa Daemon, que atende as crianças do ensino fundamental. A caminhada é feita em uma trilha cheia de mato e com madeiras onde o terreno fica mais irregular. Isso porque a nova ponte que iria substituir uma outra de madeira não foi construída conforme prometido pelo governo de Rodrigo Manga (Republicanos). Os moradores denunciam que a obra está parada e que não há indícios de que irá continuar, fato que traz preocupação.

Antes, com a antiga ponte de madeira, a caminhada era de menos de 500 metros. A denúncia sobre a paralisação da obra, sem dar explicações à população, é feita por quem mora na rua Marco Antônio Laino e outras vias próximas. A promessa feita pelo governo municipal era que o local ganharia um novo acesso, inclusive com iluminação pública. Os problemas enfrentados pelos moradores do Jardim Santa Luiza já foram divulgado pelo Portal Porque (leia aqui)

De acordo com eles, os alunos e seus responsáveis usavam a ponte para chegar à escola, que fica no bairro ao lado, o Jardim Paineiras. No bairro vizinho também estão outras estruturas públicas usadas pelos moradores como creche, unidade de saúde e comércios, trajeto que a ponte acabava por encurtar. Agora, eles precisam andar muito mais, entre perigos e chão irregular, ao invés de cortar caminho pela área pública. “A prefeitura retirou esse acesso e ninguém deu qualquer explicação para a gente”, diz Maria Célia Cordeiro Pereira.

Paula Roque, que também usava a passagem com frequência, enfatiza que é revoltante ver que a prefeitura tirou a ponte sem nem ter começado a fazer a outra. “Já vi cobra, escorpião nesse caminho que fazemos. Quem não tem carro, sobe e desce por onde? Tem que acordar mais cedo, sair mais cedo de casa, fora esse tempo seco, temos que andar nessa terra”, conta.

Promessas não cumpridas e MP
Outra reclamação dos moradores é que as melhorias na área verde prometidas pelo prefeito Manga também deixaram de serem feitas há cerca de quinze dias. O político chegou a ir no bairro para prometer a manutenção do espaço, além de uma academia ao ar livre e um playground.

Há anos pedindo a limpeza da área verde, os moradores cansaram de esperar e gritaram por socorro. O secretário de organização do SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), Izídio de Brito, esteve várias vezes no bairro e, diante da situação de desprezo do governo municipal, fez um documento protocolado no Ministério Público, no qual solicita providências imediatas ao poder público. “É muito descaso que não pode ser ignorado”, afirma.

O sindicalista também ficou ainda preocupado com a situação da área verde, especialmente diante da epidemia de dengue que assola Sorocaba. “Como os moradores já fizeram inúmeras queixas à Prefeitura e nada foi resolvido, vamos apelar a outras instâncias,” emenda. 

Portal Porque enviou questionamentos à Secretaria de Comunicação do governo  Manga para saber efetivamente quando a nova ponte será feita, assim como as demais intervenções no local. Até o momento, não houve retorno.

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