Mandados foram cumpridos em Sorocaba e Votorantim resultando no sequestro e indisponibilidade de quatro imóveis de luxo supostamente utilizados com a finalidade de lavagem de dinheiro. Foto: Divulgação/Polícia Federal
A PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria Geral da União) desencadearam nesta terça-feira (14) a segunda fase da Operação “Sépsis – Óleo na Roda” para cumprir três mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Os mandados foram cumpridos em Sorocaba e Votorantim resultando no sequestro e indisponibilidade de quatro imóveis de luxo supostamente utilizados com a finalidade de lavagem de dinheiro.
De acordo com nota divulgada pelo delegado Eduardo Fontes, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba, esta segunda fase da investigação tem por objetivo apurar supostas práticas ilegais envolvendo a contratação de uma OSS (Organização Social de Saúde) para administrar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Éden.
O delegado omite o nome da OSS, mas é do conhecimento público que se trata do INCS (Instituto Nacional de Ciências da Saúde), que assumiu a gestão daquela UPA em março de 2023 através de contrato sem licitação.
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A segunda fase é continuidade da operação Sépsis, deflagrada em 23 de novembro do ano passado, quando a PF e a CGU executaram mandados de buscas na Prefeitura de Sorocaba e na casa do ex-secretário de Saúde do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), Vinícius Rodrigues.
Segundo o delegado Eduardo Fontes, a operação de novembro passado identificou novas pessoas físicas e jurídicas que podem ter participado do esquema investigado e que foram os alvos das buscas e apreensões efetuadas nesta terça-feira.
“Além da expedição dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro e indisponibilidade de quatro imóveis situados em condomínios de alto padrão nos municípios de Sorocaba e Votorantim”, anotou o delegado.
Eduardo Fontes informa que os crimes investigados são corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. O nome dessa segunda fase da operação é uma referência às expressões “lubrificação de engrenagens” ou “graxa nas rodas”, por vezes utilizadas na literatura especializada para fazer referências aos crimes contra a administração pública, que são objeto da investigação.
