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Peça-filme sobre moradores de Pilar do Sul será exibida em São Paulo

Obra em vídeo com linguagem teatral foi trabalho de conclusão de curso em dramaturgia de ator e diretor da cidade

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Personagens de Pilar do Sul são tema de peça-filme contemplada pelo Proac

A peça-filme “Nossa Cidade Brasileira”, de autoria do ator e diretor pilarense Amadeu de Carvalho, será exibida neste sábado (13) no Cineclube da Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo. Inspirada em duas famílias de Pilar do Sul, na região de Sorocaba, a peça é resultado do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de especialização de Amadeu em “Artes da Cena: Direção e Atuação”, realizado na Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo.

A obra foi contemplada pelo Proac (Programa de Ação Cultural) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e teve sua estreia no final de março no Espaço Escarafunchar, em Pilar do Sul. Em São Paulo, além do próximo sábado, terá outras duas exibições nos dias 13 (terça-feira) e 27, último sábado de abril, sempre no Cineclube da Oficina Cultural, que fica próximo das Estações Luz e Tiradentes, no Bom Retiro.

Segundo Amadeu, o roteiro é livremente inspirado no clássico “Nossa Cidade”, do premiado escritor e dramaturgo estadunidense Thornton Wilder (1897-1975). “O enredo se passa na fictícia cidade de ‘Nascente’, no interior paulista, nas décadas de 1930 e 1940, quando as histórias de duas famílias se cruzam em meio à passagem inevitável e implacável do tempo”, descreve o autor, Amadeu de Carvalho. “Ao redor dessas famílias, acompanhamos outras personagens típicas do interior. É no cotidiano aparentemente simples, trivial e banal que temas universais se revelam, como nascimento, amadurecimento, trabalho, religião, casamento, família, amor e morte”, informa Amadeu, em sinopse para divulgação da estreia.

O autor garante, porém, que a obra não tem nenhuma relação com sua família, já que Amadeu de Carvalho, o seu pai, era comerciante bastante conhecido no centro de Pilar do Sul, desde os tempos em que comercializava querosene e óleo engarrafados em casco de tubaína e feijão com arroz pesados na hora.

“A obra é inspirada em alguns fatos históricos de Pilar, mas é ficção. Não tem a ver com a minha família”, afirma Amadeu. Ele informa que a peça é inspirada na cidade, mas bebe de diversificada fonte de pesquisas, como os livros “Pilar do Sul – Nascente das Águas – Conto, canto e encanto com a minha história…”, de Sandra Regina Félix, “Genealogia de uma cidade – Volume IV – Pilar do Sul” , de José Luiz Nogueira, e “Nascente das águas” , de Jairo Valio.

A peça-filme foi gravada durante a pandemia de Covid 19 em 2021, sendo contemplada pelo Proac 11/2022: Plataforma #CulturaEmCasa/ Licenciamento sem exclusividade de espetáculos de Teatro, Dança, Circo ou Música.  “Peça-filme vem a ser um texto e uma linguagem teatral, porém gravada e editada. É um híbrido”, esclarece Amadeu.

Em Pilar o público ocupou todos os lugares do espaço Escarafunchar e participou de um bate-papo após a exibição, discutindo as relações sociais no interior, nas grandes cidades, na sociedade em geral. “Os mais velhos lembraram  pessoas e estabelecimentos locais, como a sorveteria, o coreto da praça, dentre outros. Compartilharam as memórias despertadas. O público fez perguntas sobre o processo de estudo, ensaios, filmagem e edição do trabalho. Refletiram também sobre as questões filosóficas e existenciais do texto, como a vida, os sonhos, os projetos, e a família”, comenta Amadeu.

Além de Amadeu Carvalho, adaptador, diretor, montador e ator da obra, participam do trabalho Victor Araújo, co-montador e editor, e Rita Moura Fortes, compositora da trilha sonora instrumental.

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