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Consultor da ONU para Alimentação e Agricultura visita o Banco de Alimentos

Altivo Almeida Cunha esteve na instituição no último sábado e destacou a importância de se combater o desperdício de alimentos

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Altivo Almeida Cunha, consultor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, e Leandro Soares, presidente do SMetal, durante encontro no BAS. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O BAS (Banco de Alimentos de Sorocaba) recebeu, no último sábado (6), a visita de Altivo Almeida Cunha, consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) na América Latina e Caribe. Cunha esteve na cidade para o seminário de Agricultura Familiar da Uniso (Universidade de Sorocaba).

Cunha, que é doutor em economia, engenheiro agrônomo e especialista em tecnologia e abastecimento alimentar, conheceu as instalações da entidade e os projetos desenvolvidos para promover a segurança alimentar e nutricional.

Ele lembra que a população ainda não tem acesso à alimentação adequada. Para ele, garantir alimentos nutritivos saudáveis é um grande desafio.

“A organização do sistema alimentar é falha. O Banco de Alimentos é uma estratégia importantíssima. As políticas de abastecimento são essenciais para a segurança alimentar, o combate à fome, porque a organização do mercado não dá conta”, afirma.

Combate à fome no Brasil e no mundo
Segundo o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgado no último dia 27, no mundo foram desperdiçadas mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022. Enquanto isso, 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.

Para Cunha, os dados de desperdício de alimentos no mundo e no Brasil são muito graves e, por isso, iniciativas como a do Banco de Alimentos são muito importantes para combater a perda de alimentos próprios para o consumo.

“Para estruturar esta oferta, este sistema, onde toda a população tenha acesso à alimentação saudável, seja através de compra, ou através de entidades assistenciais, é necessário ter uma política. E o Brasil sempre teve uma liderança nas políticas de abastecimento, parou tragicamente por quatro, ou seis anos, e agora está retomando esse caminho, porque além de dar a dignidade, o Direito Humano, é uma imensa política de saúde”, afirmou sobre a volta das políticas públicas de combate à fome.

Leandro Soares, presidente do SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), entidade criadora e mantenedora do BAS, acompanhou o encontro. Ele conta que é gratificante receber visitas importantes como a do consultor da FAO, devido a objetivos em comum: combater o desperdício, a fome e promover a segurança alimentar.

“Com visitas como o professor Altivo Cunha, buscamos direcionar recursos adicionais para o Banco, permitindo-nos assim transformar ainda mais vidas para melhor”, revela.

O sindicalista também reforça que o BAS desempenha um papel fundamental ao atender cerca de 8.500 pessoas, fornecendo não apenas alimentos, como também restaurando a dignidade de cada indivíduo. “Sabemos que, com as ações do BAS, mudamos a vida de muita gente, mas ainda há muito a se fazer”, comenta.

Sobre o BAS
O BAS (Banco de Alimentos de Sorocaba) é uma entidade criada em dezembro de 2005 pelo SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região) com a finalidade de diminuir o desperdício de alimentos e, ao mesmo tempo, ajudar no combate à fome.

Os interessados em ajudar, seja com trabalho voluntário ou doações de alimentos, podem entrar em contato pelo WhatsApp (15) 97400 0206. Caso haja interesse de colaborar com dinheiro, a chave do PIX é o CNPJ: 08.741.511/0001-76.

*Com informações da Imprensa SMetal

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