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Sorocaba possui mais de cem ferros-velhos clandestinos que recebem cobre furtado

Segundo moradores da zona oeste, estabelecimentos funcionam 24 horas para trocar produtos por drogas

Portal Porque
  • Sorocaba possui cerca de cem ferros-velhos ilegais. Foto: Divulgação
  • Cerca de 40 estabelecimentos desse tipo estão instalados na zona oeste. Foto: Divulgação
  • De acordo com denúncias, os ferro-velhos recebem produtos de furtos. Foto: Divulgação
  • Sem alvará, ferros-velhos ilegais atuam por toda a cidade. Foto: Divulgação
  • Grupo de moradores pedem mais fiscalização em estabelecimentos que atuam em todo tipo de imóveis. Foto: Divulgação

“Sorocaba está cheia de ferros-velhos clandestinos que funcionam 24 horas por dia e que recebem todos os tipos de produto de roubos e furtos em troca de drogas”. A denúncia é feita por um grupo de moradores intitulado Viva Zona Oeste que, assim como outros grupos do Programa Vizinhança Solidária (PVS) formados na cidade com apoio da Polícia Militar, têm convivido com o problema há tempos, especialmente após a pandemia, quando viram a quantidade de usuários de drogas em situação de rua se multiplicar por toda a cidade. Segundo o Viva Zona Oeste apurou, são mais de 40 ferros-velhos clandestinos naquela região. Ao considerar toda a cidade, esse número sobe para 100 desses estabelecimentos clandestinos.

Para “sustentar” o vício, as pessoas furtam fios elétricos, especialmente os de cobre, objetos de metais ou não, ou seja, tudo que se transforma em dinheiro é subtraído das residências e comércios e vendidos ou trocados por drogas, 24 horas por dia. “Portas abertas, portas fechadas, fundo de quintal, garagens adaptadas para esse tipo de comércio sem nenhum critério de segurança, alvará ou licenças ambientais. Eles são pauta em todas as reuniões de Conseg (Conselho de Segurança) das diversas regiões de Sorocaba”, diz o Viva Zona Oeste ao explicar como os ferros-velhos clandestinos atuam.

“Por funcionarem livremente, muitos durante 24 horas, os riscos são muito altos! Além de dar subsídios aos usuários de drogas, pois é um comércio praticamente voltado para eles, escravizam essas pessoas que não enxerga outras alternativas a não ser recorrer aos ferros-velhos. Eles furtam as residências e locais públicos em busca de fiação de cobre e metais, haja vista que plásticos e papelão não suprem o dinheiro necessário para comprar mais drogas”, denunciam os moradores que conhecem muito bem o esquema adotado por esses comércios.

Atuação questionável
Os integrantes do Viva Zona Oeste chegaram a questionar as autoridades de segurança pública do porquê não ocorrer a prisão nestes casos. “Resumindo, todo esse material é desconfigurado ou queimado para não se descobrir a origem, impossibilitando de localizar as vítimas. Isso oferece riscos de incêndios de grandes proporções, pois acumula muito material inflamado como plásticos, papelão de forma aleatória, risco de foco de dengue, material contaminado, já que fica exposto às intempéries.”

Invasões às residências, estabelecimentos comerciais, têm sido cada vez mais constantes em Sorocaba. Em alguns casos, os usuários de drogas chegam a morar na casa invadida, como é o caso de três residências nas Ruas Bento Ribeiro e Av. General Carneiro, onde se escondem os criminosos. “Casas cujos donos estão em viagem também são alvo, bem como o comércio, causando prejuízos imensos pelo furto de bens, como na parte elétrica e hidráulica.”

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