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Sob protestos, veto ao projeto ‘anti-funk’ é aprovado e Nelson Hossri tem derrota na Câmara

Foram 26 votos favoráveis ao veto contra quatro contrários

Isadora Stentzler

Painel de votação. Foto: Reprodução/TV Câmara

Por 26 votos favoráveis e quatro contrários, o veto ao projeto ‘anti-funk’ (PLO 62/2023), de autoria do vereador Nelson Hossri (PSD), foi mantido e texto saiu de pauta durante a sessão da noite desta segunda-feira (24) na Câmara dos Vereadores.

O vereador chegou a ler um poema para justificar a manutenção do projeto, sendo interrompido aos gritos de “fascista, recua”.

De acordo com a proposta original, se queria criar um programa educacional para conscientizar sobre os malefícios das músicas com letras que fizessem apologia ao crime ou ao uso de drogas. De forma indireta, texto atacava algumas das principais manifestações culturais brasileiras, como o funk, o rap e o hip-hop.

O projeto havia sido aprovado, mas passou por um veto do Executivo. De acordo com este veto, o projeto desconsiderava princípios estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e pelo Plano Municipal de Educação, principalmente no que diz respeito aos princípios da liberdade e gestão democrática da educação.

Com a aprovação da maioria dos vereadores presentes, veto fica mantido e projeto é retirado.

Em abril deste ano, o Portal Porque Campinas entrevistou o doutorando em Música pela Universidade de São Paulo (USP), Thiago de Souza, o Thiagson, que via de forma problemática o projeto. Segundo ele, “não falar sobre funk é não falar sobre a realidade”.

“Os políticos conservadores sempre tentam transformar as escolas e universidades em lugares moralizantes e menos questionadores…. não poder falar sobre funk na escola significa que os alunos não podem falar da realidade que existe”, afirmou Thiagson.

Confira entrevista completa aqui

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