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Paciente em tratamento defende Caps e rechaça comunidades terapêuticas: ‘Trancam e não tratam’

Projeto que impõe internação compulsória será votada nesta segunda-feira (24)

Da Redação

Ana Paula Scatolin está há quase seis anos em tratamento no Caps AD Reviver. Foto: Arquivo pessoal

Campinas vai reviver, na noite desta segunda-feira (24), a votação do Projeto de Lei nº 115/19, do vereador Nelson Hossri (PSD), que estabelece, entre outras coisas, a internação compulsória de usuários de drogas. O PL também tenta alavancar as comunidades terapêuticas, que são privadas, e criticadas pela falta de um método científico de tratamento.

Ana Paula Scatolin está há quase seis anos em tratamento no Caps AD Reviver, no bairro Taquaral, em Campinas. Ela ressalta que, ao contrário de comunidades terapêuticas, o local prioriza a saúde física, mental e a reinserção.

“No Caps AD, o tratamento é centrado na pessoa, priorizando o cuidado em liberdade, convivência e reinserção social. Comunidades terapêuticas trancam e não tratam. Pouco ajuda longos períodos de cárcere sem modificação da condição social e profissional de cada pessoa”, afirmou.

A proposta que será votada nesta segunda-feira estabelece que essa internação deve ser acompanhada por órgãos como o Ministério Público, a Defensoria Pública, agentes de saúde, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e associações de defesa de direitos humanos.

“O paciente do Caps AD em reestabelecimento continua seu cuidado em liberdade e com isso aprende a viver com seu ‘problema’ na vida que tem e a administrar o presente para que o futuro se torne melhor. Trancar não é tratamento. Dignidade em reestabelecimento é o que faz a diferença”, avalia Ana Paula.

A sessão da Câmara começa a partir das 18h. A entrada do público é livre e o encontro também pode ser acompanhado pelas redes sociais.

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