Multidão exalta visibilidade LGBT+ na 24ª Parada de Campinas; veja fotos

A 24ª parada LGBT+ de Campinas reuniu uma multidão durante a tarde e noite deste domingo (30), na região central da cidade, se consolidando mais uma vez como a segunda maior do Brasil.

Caravanas da região se descolaram para a cidade a fim de participar desse momento de celebração pela diversidade e também para mostrar a união e força da comunidade.

“A gente está na 24ª parada do orgulho LGBT+ de Campinas. A importância de um evento como esse, sem dúvida, é a luta por direitos, é continuar existindo e resistindo em uma cidade extremamente LGBTfóbica, onde as pessoas adoram dizer que somos a ‘cidade dos gays’ dos LGBTs, mas é só da boca pra fora, porque, na realidade, a coisa é bem outra”, ressaltou Douglas Holanda, presidente da Parada LGBT+ de Campinas.

Douglas Holanda. Foto: Isadora Stentzler

Durante o evento, além das bandeiras coloridas que representam cada sigla de LBTQIAPN+, bandeiras e camisetas do Brasil também fizeram parte dos looks, da mesma forma como ocorreu na Parada de São Paulo. Um ato que reforça que o Brasil também é LGBT+.

Outras atrações que se consolidaram nesta edição, desde os trios elétricos até o Largo do Rosário, foram apresentações de Helloa Meirelles, Iara Silva, Cris Negrini, e Luma Montenegro, entre outros.

O tema deste ano, “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo – Vote com consciência pelos direitos da população LGBT+”. ainda lembrou sobre a importância de pessoas LGBTQIAPN+ ocuparem espaços de liderança política para que as necessidades da comunidade não sejam negligenciadas.

“O nosso legislativo não faz o trabalho deles. E todos os nossos direitos conseguidos até hoje vieram pelo STF [Supremo Tribunal Federal). Por ser um ano de eleição, é preciso pensar em quem vai votar, tomar cuidado em quem a gente vai colocar no poder, porque não sabemos o que vem amanhã”, frisou Holanda.

A exemplo disso, na última quarta-feira (26), a Câmara de Vereadores de Campinas rejeitou o Projeto de Lei (PL) 138/21, de autoria da vereadora Paolla Miguel (PT), que criaria o programa “Transcidadania”, destinado à promoção dos direitos humanos e da cidadania de pessoas travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, também no mês de junho, voltou ao plenário a votação de um projeto do vereador Marcelo Silva (PP), que visava impedir a presença de crianças e adolescentes com menos de 18 anos em qualquer evento LGBTQIAPN+. No dia 12 de junho o projeto foi arquivado, e especialistas ouvidos pelo Portal Porque Campinas já denunciavam que medida era inconstitucional.

A parada deste domingo encerrou por volta das 22h.

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