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Falhas nas políticas de acolhimento LGBTQIAPN+ isolam pessoas trans, denuncia ativista

A Prefeitura informou que possui diversos locais com programas específicos e que faz um acolhimento intersetorial

Da Redação

Foto: Divulgação/PMC

Cidade que recebe uma das maiores Paradas LGBTQIAPN+, Campinas ainda falha com esse público quando o assunto é acolhimento. Algumas violações são cometidas e já foram apontadas em uma carta pelos movimentos da cidade. A Prefeitura informou que possui diversos locais com programas específicos e que faz um acolhimento intersetorial.

Os recursos e investimentos para as ações de apoio e inclusão da população LGBTQIA+ são integrados nos orçamentos de diversas secretarias e departamentos, conforme as necessidades específicas de cada projeto. Apesar disso, há críticas a algumas abordagens.

“Não tem bons serviços de acolhimento. Uma das demandas da Coalisão Trans foi isso. Indicamos abusos de direitos humanos nas casas de acolhimentos. Separa por gênero e pessoas trans dormindo em refeitório. Ou usar o banho depois que todos foram dormir”, afirmou Antonia Moreira, do Ateliê TRANSmoras.

Campinas possui o Centro de Referência LGBT, onde oferece acolhimento, escuta, orientação, acompanhamento e encaminhamentos de acordo com as demandas da população LGBTQIA+ e suas famílias.

“A Prefeitura diz que o intento é sempre incluir, mas como faz essa inclusão se as práticas são essas de isolamento. Isso não é inclusão. Na rua as pessoas estão juntas, mas é a instituição que cria o homem aqui, mulher ali, trans em outro lugar”, explicou Antonia.

Além do Centro de Refência, a Prefeitura de Campinas informou que a o Ambulatório Transcender, que oferece atendimento especializado a pessoas transexuais que desejam iniciar ou já estejam no processo de transexualização.

Outro ponto apontado pela Administração é o Guia de Turismo para a População LGBT. Ele foi desenvolvido pela Secretaria de Cultura e Turismo, fornece informações sobre locais e eventos amigáveis e seguros para a população LGBTQIA+ em Campinas.

“No final, quem faz um bom serviço, são as atitudes independentes. São casas não ligadas ao serviço público”, avaliou Antonia.

A prefeitura não informou valores aplicados nessas políticas porque, segundo nota enviada, está integrado a orçamentos de diversas secretarias e departamentos.

“Essa abordagem permite que diferentes áreas do governo municipal colaborem e coordenem esforços para promover a inclusão, combater a discriminação e garantir os direitos da população LGBTQIA+, sem a necessidade de uma rubrica orçamentária única e específica para o tema”, disse a nota.

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